segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Primeira verificação do teste de estabilidade de pigmentos

Há cinco meses iniciei um experimento que testaria a estabilidade de certos pigmentos expostos a luz do sol não indireta. A intenção é conhecer que tipo de pigmento eu poderia utilizar em um trabalho sem correr o risco de ver cores desbotadas em um quadro exposto em alguma parede.

Para isso montei um quadro com as mesmas cores duplicadas em colunas e o papel dividido em duas metades. A primeira ficaria exposta a luz e a segunda, guardada em uma pasta sem qualquer contato direto com a luz. Tomei o cuidado em utilizar um papel "Acid free", pois os ácidos causam reações quinicas nos pigmentos.

Os pigmentos que foram testados, respectivamente na imagem abaixo. 
  • Tinta da China Marrom Acrilex
  • Tinta da China Vede Acrilex
  • Nanquim trident
  • Aquarela Van Gogh (Talens)
  • Nanquim oriental em Barra
  • Tinta para Canetas Parker
  • Aquarela Rembrandt (Talens)
  • Tinta Acrílica Galeria (Winsor&Newton)
  • Aquarela escolar Pentel


O quadro de cima é a metade não exporta a luz e a de baixo aquela que recebeu luz.
Facilmente vemos que nestes cinco meses a tinta para Caneta Parker sofreu uma grande variação. O preto intenso se tornou cor de ferrugem. Este material eu já retirei da minha gaveta.
A outra decepção foi a aquarela Pentel, que apresentou um tom meio lavado. Este pigmento há alguns anos já havia retirado da minha gaveta de materiais artísticos.
Mas a grande surpresa foram as Tintas da China da Acrilex, marrom e verde. Eu estava certo que o resultado seria uma cor bem clara, mas para a nossa surpresa aparentemente não ocorreram nítidas variações.
A minha intenção é continuar com este experimento e apresentar uma nova análise daqui cinco meses, podendo estender para daqui há um ano. Assim poderemos saber que pigmento podemos utilizar em nossos trabalhos sem preocupação. É um trabalho lento, mas devemos sempre lembrar que a durabilidade da arte é uma das nossas maiores preocupações.

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